quarta-feira, 28 de julho de 2010

Garantir o desenvolvimento nacional



Vivemos um período de grandes transformaçoes economica, social e politica. Na economia, após duas décadas de estagnação, voltamos a crescer, encontrando o equilíbrio macro-economico e reduzindo nossa vulnerabilidade externa. Os programas de distribuicao de renda e o aumento das ferramentas de democracia demonstram um pouco as transformaçoes nas areas social e politica.

Os antigos períodos de expansão da economia brasileira frustraram as esperanças do povo pois as vezes concentravam riqueza ou estavam acompanhados da inflação, por vezes traziam um endividamento externo ou interno ou ainda sufocavam a democracia.

Um pais do tamanho do Brasil sempre ficou relegado a um papel menos importante na economia mundial, apesar de suas imensas riquezas naturais. Na verdade, tais riquezas serviram aos interesses das elites entreguistas e conservadoras apoiadas pelos países ricos. Nos anos 90 os investimentos produtivos foram reduzidos, com restriçoes no parque industrial e infra-estrutura de energia e transportes comprometida, o que debilitou as empresas estatais e abriu a porta para as privatizaçoes. O Brasil era programado para ser pequeno.

No governo Lula passamos a viver outro momento, com crescimento do PIB, expansão do emprego formal, aumentos reais do salário mínimo, transferencia de renda, controle da inflação, ampliação do credito, medidas para a reforma agrária e agricultura familiar, aumento do comercio exterior e reconstrução da infra-estrutura.

Essas medidas impulsionaram a formação de um grande mercado de bens de consumo popular, que nos protegeu dos efeitos devastadores da crise mundial, auxiliados pela sude de nosso sistema bancário e pelas reservas internacionais acumuladas. Diferente de crises anteriores, o Brasil enfrentou com segurança seus efeitos.

Com todos esses fatores e uma politica externa ativa, privilegiando as relacoes com a América Latina e o sul do mundo, passamos a ser admirados e a ter papel de destaque no mundo. Ao contrario da politica de subserviencia de antes, passamos a redefinir soberanamente nossa relação com os países desenvolvidos priorizando o interesse nacional e a solidariedade com os países pobres e em desenvolvimento.

Assim, o momento eleitoral deve ser encarado com toda a energia, entendendo nosso papel como protagonistas do projeto de desenvolvimento nacional que não deve ser abandonado mas pelo contrario, ser tido como prioridade para que nosso pais assuma definitivamente seu papel de destaque no cenário geopolítico mundial e seja generoso com seus filhos.

Esta não e a primeira vez que forcas politicas que representam o projeto das camadas mais populares chegam ao poder. Aconteceu no governo de Joao Goulart, e justamente por isso que a elite, representada pelo Exercito, jogou mais uma vez a favor dos interesses imperialistas e deu um golpe de estado no governo Jango.

Diferente de 64, hoje as elites não reunem condicoes objetivas e nem subjetivas para articularem um possivel golpe. Mas a sede por poder ainda continua grande entre os conservadores, afastados desde o final de 2002 do poder central do pais, sonham com o retorno ao Palacio do Planalto para porem em pratica suas politicas de enfraquecimento do papel do estado.

Portanto a batalha não sera facil, a direita raivosa, representante dos interesses da burguesia entreguista nacional ainda e poderosa. Detentora dos meios de comunicacao e com poder financeiro muito grande, a disputa não sera facil. Deve ser encarada pela juventude como a grande batalha de nossa geracao, que deve deixar bem claro que a disputa e por um ou por outro projeto, os dois bem conhecidos da populacao brasileira.



Pablo Braga Machado.

Levantar as bandeiras da juventude para avançar nas mudanças e impedir o retrocesso


Estamos na terceira semana oficial da campanha eleitoral e o tema das eleições já contagia boa parte do povo e da juventude. Os primeiros movimentos já deixaram claro que vivemos uma verdadeira guerra eleitoral, de intensa disputa e combate. A juventude brasileira jamais se furtou a um bom combate e agora não será diferente.

É durante as eleições que a política transita com mais facilidade no dia a dia do povo. Vira assunto na escola e no trabalho, dentro de casa e na mesa do bar. Ao seu próprio modo, os trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, jovens, mulheres, todos discutem o que pode mudar na sua vida com o processo eleitoral.

A eleição presidencial de 2010 tem características únicas, que devem servir para chamar a nossa atenção para os impactos do seu resultado. O Brasil vive um ciclo de crescimento e desenvolvimento não visto há décadas. Os êxitos obtidos com o Governo Lula transformaram a vida de milhões de brasileiros e brasileiras. Em especial para a juventude, nunca vivemos um período de tantas conquistas importantes. Os sonhos da juventude estão se transformando em realidade e temos a consciência de que existe espaço para mais avanços.

Nos últimos sete anos, mais de 600 mil estudantes de baixa renda tiveram acesso ao Prouni. O REUNI dobrou o número de vagas nas universidades federais, foram criadas mais de 214 escolas técnicas federais . O Projovem beneficiou milhares de jovens com bolsas remuneradas para incentivando a volta à escola e a formação profissional. O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) é um espaço de debate e formulação de propostas com a participação organizada da juventude. E há duas semanas escrevemos o nome da juventude brasileira na Constituição da República.

A UJS tem propostas e compromissos com o Brasil, toda a sua militância deve se empenhar de corpo e alma na campanha eleitoral, apresentado suas propostas e mobilizando a juventude.

Devemos atuar em duas frentes:

1- denunciar com veemência o risco do retrocesso que viveria o nosso país com a eleição de Serra. Volta das privatizações, do desemprego e da marginalização da juventude.
2- Apresentar nossas bandeiras e propostas: reconhecimento da juventude como agente estratégico do novo projeto nacional de desenvolvimento, criação do Sistema Nacional de Juventude, defesa do 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação.

É no debate de conteúdo e na comparação de projetos que vamos conquistar a confiança da juventude e a mobilização social necessária para a construção de um projeto de governo mais ousado , que aprofunde as mudanças iniciadas com o governo Lula.

Por isso, é tarefa de todo militante da UJS participar ativamente das eleições, em todos os âmbitos e espaços, na escola, no trabalho, nas redes sociais, em casa... Devemos lutar para eleger Dilma, mais também nos empenharmos com muita força na eleição de Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais comprometidos com as bandeiras da UJS e da juventude.

Vamos à luta!
André Tokarski é presidente da UJS.